terça-feira, 30 de novembro de 2010

Embora também adore aquele teu ar sério, ou quando ficas danado com qualquer coisa, sai-te a alma pelos olhos (hoje disse-te isso).

Conclusões do meu dia

1. Estive onde ele estava, como tanto queria;
2. falamos e eu ouvi-o - como gosto tanto de fazer;
3. estive no "meu lugar no mundo" meia-hora sozinha a olhar para o mar, para as nuvens, para o sol;
4. guiei o meu carro sem destino, como tanto gosto;
5. hoje escrevi aqui que o meu coração não treme pelo F. Mas hoje também disse, sem medo: "Eu ainda gosto dele. De uma pessoa que não existe que é irreal, que criei, mas gosto.";
6. espero que por fim tenham entendido que ESTE BLOGUE PRECISA DE UM NOME, MAS É MESMO MEU E QUE QUEM MANDA AQUI SOU EU;
7. Ninguém me mima todos os dias com poemas. Estes poemas que aqui ponho, ponho porque gosto. Quando não é assim, eu escrevo: recebi este poema;
8. Ele diz coisas lindas de morrer todos os dias, mas nem tem essa noção. Aí reside o seu encanto. Ah e nos olhos, claro.

A coisa mais bonita que ouvi hoje...

Vou levar o pc para casa e ler o teu blogue. Vai ser bom saber que estás mesmo embaixo.
Nota: a não permissão de comentários é propositada. vocês sonham muito e são umas românticas. menos, meninas.

Lindo, este poema... há anos que não recebo uma carta de amor.

Escreve-me ...

Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d'açucenas!

Escreve-me!Há tanto,há tanto tempo
Que te não vejo, amor!Meu coração
Morreu já,e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d'oração!

"Amo-te!"Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d'amor e felicidade!

Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então...brandas...serenas...
Cinco pétalas roxas de saudade...

Florbela Espanca

Foda-se (leia-se como um foda-se vindo do fundo da minha alma) párem de me dizer o que devo ou não escrever aqui. VOU GRITAR ESTA MERDA BEM ALTO PARA QUE TODOS OIÇAM (ou melhor, leiam): ESTE BLOGUE É MEU.
Podem explicar-me como é que as pessoas que aqui vêm sabem quem é o F. , o vizinho, a minha amiga B, a minha MJ, mesmo a MC (minha filha) se nunca os viram? Ninguém sabe nada da minha vida, porra! Aliás vou só dar este exemplo, nenhuma minha amiga sequer viu o R. (vizinho) e o F. (bandalho - o que eu adoro esta palavra). Só isso diz tanto. Eu prejudico alguém ao escrever aqui deles? Ninguém sabe quem eles são. Só eles próprios. E tirando o bandalho mais ninguém tem que se sentir ofendido com o que aqui escrevo ( e quem me dera a mim não ter nenhuma razão de queixa dele). Quanto ao resto, podem é não aguentar a minha intensidade, a minha escrita, esta minha paixão... o R. (vizinho) diz que se consegue ver que escrevo à bruta nas teclas. E olhem que há posts que escrevo mesmo. Deixem-me escrever o que quero. Deixem-me ser eu própria, senão esta merda não tem piada nenhuma.

E isto já parece obsessão

Mas não páro de ler o texto da Asinhas de Frango:

"(...)O que quero tentar explicar é que o amor merece mais do que palavras bonitas (...)O amor, ainda que estendido no chão e espezinhado, merece respeito e mesmo que nada dessas recordações façam sentido e nos pareçam ridículas, o que realmente deve ser recordado são os momentos de partilha, em que demos do fundo de nós um pedaço do que somos. E é simplesmente nisto que o amor é maltratado: as pessoas partem, esquecem as palavras (...) mas esquecem também que um dia alguém abriu o peito e de lá retirou um pedaço de humanidade para colocar nas nossas mãos. Na esperança de que respeitássemos sempre aquele pedaço vivo e único que retrata a pessoa com quem estamos e que ali permanece nas nossas mãos, mais ou menos amachucado quando deixamos de estar também. (...) ignora os medos, as mágoas que lhes foram confidenciadas ao ouvido nos momentos de entrega e se for preciso pisa esse mesmo coração da mesma forma ou de outra (...)".


Porque tu desfizeste-o, mas não julgues que o mataste. Ele continua aqui a bater, mais devagar, mas bate. E embora haja quem entenda que ainda bate forte por ti, eu entendo que não. Que ele abrandou e nem quando me vens ao pensamento ele teima em bater mais acelerado. Eu dei-te uma parte dele e desfizeste-o, não o respeitaste e não mo devolveste. Ficou aí desse lado. Eu já não o quero, tem cicatrizes que já não cabem nesta caixa. Sabes que o meu coração, ao contrário, do teu tem uma capacidade: auto-regenera-se. E isso só é possível nas pessoas que se entregam. Não te amei, não tive tempo para isso. Mas apaixonei-me e isso é uma forma de entrega.
E tem dias que ele quer bater por outro alguém, mas como falta esse bocado que está aí nas tuas mãos, ele não consegue voltar ao estado em que gosto de o sentir: descompassado. É o tempo que falta, vou-lho dar. E um dia com toda a calma do mundo ele vai sentir-se seguro para de novo subir à garganta e aparecer aos saltos no meu peito por aquela pessoa que até já escolhi.

Poucas vezes foram as que deixei coisas por dizer. Muito poucas mesmo. As que deixei , a isso fui obrigada; do outro lado não as queriam ouvir. Talvez porque lhes custasse, talvez porque sabiam o que lhes esperava, talvez tivessem medo, talvez não estivessem para isso, talvez tanta coisa... Eu tento sempre não deixar nada por dizer, até porque vão se formando camadas de rancores e mágoas na minha alma, tipo o bolo mil-folhas. E eu não estou para isso. Hoje vou tentar falar e ouvir, sobretudo ouvir. Quero ouvi-lo, mas tenho que contar que ele pode não querer falar. Eu quero.

Hoje # 2

Gostava de ter acordado às sete como sempre e não às oito como acordei. Gostava de ter tomado o pequeno-almoço sentada com a minha flha, como tomo todos os dias e não a ter "empurrado" porta fora com uma barrinha de cereais e um pacote de leite achocolatado na mão. Gostava de já ter acordado de banho tomado, de cabelo giro, maquiada e vestida. Hoje gostava que algo de diferente acontecesse - eu sei o quê - mas não posso contar. Hoje gostava que algo que espero chegasse pelo correio. Hoje gostava que o sol espreitasse, nem que fosse só uma hora para eu ir ao meu lugar junto com o que espero pelo correio. Hoje gostava de estar doce e sei que estou amarga, tudo porque não dormi direito. Hoje gostava de rir muito, muito mesmo. Hoje quero estar sozinha, nem que seja meia-hora, sozinha com os meus pensamentos. Hoje tenho muita coisa para escrever e só me apetece ficar na cama. Hoje queria não ter que tomar decisões, aquelas triviais de todos os dias. Hoje queria estar aonde tu estivesses.

Hoje # 1

Não sonhei contigo. Tenho certeza absoluta. E soube-me tão bem...

Porque gostei mesmo...

Não maltratarás o amor


Esta frase deveria estar exposta, rabiscada, pintada, em todos os cantos de todas as cidades e freguesias e bairros.
Não maltratarás o amor deveria fazer parte dos mandamentos que comandam a vida.
Eu sou uma céptica, como saberão, mas por detrás do meu cepticismo esconde-se um enorme respeito pelo amor, e pelo que este representa, quer seja consumado, quer seja abandonado, quer seja não correspondido, quer seja platónico, quer seja fugaz e infantil. Julgo que o grande problema que me separa das outras pessoas (algumas, porque muitas pensarão como eu), é apenas etimológico. As pessoas julgam que o amor é uma coisa e se manifesta de maneira X, eu julgo que é outra e que se manifesta de forma Y.
As pessoas não respeitam o amor nem tão-pouco a memória de um amor já apagado, morto, enterrado. E não me refiro a momentos de raiva e mágoa em que soltamos palavras duras a quem nos fez sofrer ou desiludiu, mas refiro-me ao íntimo, àquela concha interior onde guardamos tudo de importante, tudo o que nos fez sentir.
As pessoas, ou parte delas, limita-se a achar que gosta, a achar que ama, a achar que basta. Limita-se a fugir quando não dá mais, não batalha até ao último instante, não diz o que tem a dizer tendo como vantagem uma estabilidade confortante que não dá grandes dores de cabeça. As pessoas terminam relações porque deixaram de gostar ou porque deixou de funcionar, e partem cegamente em frente como se meses, anos, décadas de uma vida partilhada não mais fosse que um café banal com uma pessoa indiferente a quem não devemos nada.
Sim, devemos seguir em frente, pois o primeiro amor a não ser maltratado deve ser o amor-próprio.
O que quero tentar explicar é que o amor merece mais do que palavras bonitas, fotografias emolduradas, presentes, surpresas e promessas. O amor, ainda que estendido no chão e espezinhado, merece respeito e mesmo que nada dessas recordações façam sentido e nos pareçam ridículas, o que realmente deve ser recordado são os momentos de partilha, em que demos do fundo de nós um pedaço do que somos. E é simplesmente nisto que o amor é maltratado: as pessoas partem, esquecem as palavras, as fotografias, as promessas, mas esquecem também que um dia alguém abriu o peito e de lá retirou um pedaço de humanidade para colocar nas nossas mãos. Na esperança de que respeitássemos sempre aquele pedaço vivo e único que retrata a pessoa com quem estamos e que ali permanece nas nossas mãos, mais ou menos amachucado quando deixamos de estar também.
E as pessoas não respeitam. E mesmo sabendo, atiram para um qualquer lugar sujo e escuro aquele bocado de nós tão, mas tão importante que partilhámos, não pensado sequer que isso é diminuir a outra pessoa. Que isso é maltratar o amor que um dia existiu ou que se julgou existir. Que isso é simplesmente demonstrar que nunca estenderam realmente as mãos para nos receber nem por pedaços, nem por inteiro nas suas vidas.
Porque mesmo quando se deixa de gostar de alguém de quem já se gostou muito ou pouco, ainda conhecemos essa pessoa ou temos uma ideia de como a conhecíamos, e faremos de tudo para a respeitar, pois sabemos o que as magoa, o que as irrita, o que as transtorna, o que as incomoda, o que as faz sentir mal. E é aqui que quase toda a gente maltrata o amor: bate a porta atrás de si e faz de conta que não sabe nunca como aqueles olhos já choraram com determinadas palavras, esquece-se em como já reconfortou aquele peito por lhe terem magoado assim ou assado, ignora os medos, as mágoas que lhes foram confidenciadas ao ouvido nos momentos de entrega e se for preciso pisa esse mesmo coração da mesma forma ou de outra.
Essas pessoas maltratam-se a si próprias também, pois se a beleza está nos olhos de quem vê, amar só poderá estar no coração de quem se ama a si.

Há noites em que gostava de ser uma princesa

Não para descer de um coche para uma festa num Castelo, não para dormir nos braços de um príncipe - que nem acredito neles. Pura e simplesmente para dormir. São quatro menos um quarto e ainda aqui estou: acordada. Já me levantei para fazer um chá, para pôr água quente na botija, já me concentrei no barulho da chuva para me embalar e nada. Há por aí um fuso?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Deixem-me ser egoísta

Depois de ler isto. Só consigo pensar que não merecia ter lido aquelas mensagens.

Tenho muita pena que algumas pessoas não entendam o que aqui escrevo. Muita mesmo e mais não digo...

Hoje recomecei a minha terapia. Adorei. Chorei que nem uma desalmada, a J. (minha psicóloga) tocou em coisas muito profundas e dolorosas, coisas lá do passado. Daquele passado que achamos que já não existe, que ficou lá atrás. Mas afinal há coisas que doem, umas podem ser resolvidas, outras temos que as aceitar como são e arrumá-las numa das gavetinhas da nossa alma.
Todos nós deviamos fazer terapia. Quanto mais não fosse para nos conhecermos melhor.

À menina que veio cá deixar os comentários de madrugada:

Duas coisinhas: você não sabe ler, muito menos interpretar e agora como se diz aqui na minha terra - BAIMEÀLOJA.
Arre lá para os perfis anónimos.


Aqui há uns dias "enchi-lhe" o carro com poemas... apeteceu-me e fi-lo. Eu sei que ele gostou. A conclusão foi: já não precisamos de pintar a garagem, ficou cheia de côr. Temos que ser espontâneos. Isto nada tem a ver com amor ou paixão, isto tem a ver que me apetecia que ele acordasse com Florbela Espanca e Cecília Meireles. Mais nada.

domingo, 28 de novembro de 2010

Um homem nunca engana uma mulher. Já uma mulher engana-se muita vez. Faz que não vê. Só vê o que quer ver. Só tira daquele homem real, as partes que são parte do seu homem de sonho. Por isso, nenhum homem se pode rir de ter enganado uma mulher, dever-lhe-á antes agradecer, pois se não fosse ela, ele nunca o teria conseguido...


Diz a Sara Maria e eu começo a concordar com ela.

Não imaginas o esforço que estou a fazer para não te ligar. Na 5ª, quando saí de ao pé de ti, já queria estar outra vez contigo. Bastou olhar para o mar. Foram cinco minutos. Estar contigo e falar contigo, essa garra que te vem de dentro, mostra que há homens bons, com carácter. Homens nos quais as mulheres podem confiar. Gosto quando te exaltas e a tua alma sai cá para fora. Gosto muito.

Autumn in New York




Estou estupidamente romântica... arre lá para os Domingos.

Ontem reparei

Que tenho andado esquecida de comer. Eu quero ser magra, mas não quero ser esquelética. Nota-se logo na cara, envelhecemos 5 anos.

O fruto proibido

Oh God, make me good, but not yet!

sábado, 27 de novembro de 2010

Eu adoro homens que escrevem bem, já aqui o disse. Tu escreves de uma maneira incrível. Sei que estudaste para isso - Letras em Coimbra - mas podias não escrever um chavo. Adoro a tua escrita.

Acabei de receber uma mensagem no meu telefone. Foi uma grande amiga que ma enviou. Há pouco ligou-me e eu comecei a chorar por causa da crueldade do bandalho comigo. Não me julguem presunçosa, mas eu não era merecedora de tamanha falta de sentimentos, não depois do que senti por ele. Sinto-me tão injustiçada, ela começou a falar mal dele e eu acabei num pranto que tive que desligar o telefone.

Passados 5 minutos ela mandou-me esta mensagem: "Rita, tu és única e isso faz com que exista unicamente uma pessoa perfeita para ti... vais ter que esperar. Adoro-te".
Obrigada MJ. Eu sei que únicos somos todos. Eu não me importo que ele não goste de mim, o que me importa é a forma como me tratou. Como se eu fosse nada, uma qualquer, uma coisa nenhuma, isso é o que me choca, me entristece e me faz chorar...

O nosso piquenique

Foi muito giro. As crianças adoraram. Fomos todos almoçar ao parque da cidade. Ninguém teve frio e ninguém precisou de casaco, além dos adultos. Adorámos. Nós somos felizes assim com as coisas simples da vida: pizza, cachorros, sumos, batatas fritas, cordas para saltar, jogos, bolas e alegria. Para quê mais do que isto? A MC está encantada da vida e isso não tem preço.

Pronto, podem chamar-me louca, eu deixo. Vou fazer um piquenique com 45 crianças. Todas de gorro, cachecois e luvas. Vamos nos divertir e cantar os parabéns à MC. Se sobreviver, volto mais logo...
Continuo a achar que são estas coisas que ela vai recordar da infância...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Odeio fazer uma pergunta e que não me respondam, simplesmente odeio...

E porque eu acho que vocês são adoráveis...

... decidi partilhar aqui um texto meu. Foi escrito numa aula de escrita criativa, estou muito cansada para explicar esta técnica ( hiperbato com troca de nomes e verbos), mas se estiverem atentas (os) percebem facilmente. Quero salvaguardar que os textos são ficção e têm várias histórias interligadas. Em nada são semelhantes à realidade, nem aos textos que aqui escrevo, esses sim, são do mais real que há.

Esta era a frase inicial (retirada de um blogue: cartas à filosofia): Um projecto que parecia tão real, tão próximo, que é despejado por terra como um castelo de cartas e nos torna simplesmente descrentes.

Um projecto que parecia tão real, tão próximo, que é despejado por terra como um castelo de cartas e nos torna simplesmente descrentes. É a descrença que assusta, nunca quis tornar-me uma pessoa descrente no amor, nunca… E eu já não acredito que alguém me vá amar como tu me amaste, eu já não acredito que alguém me vá fazer o que tu me fizeste. Desta vez não tinha um projecto, deixei-me levar e o que isto me trouxe foi bom, muito bom. Era o estado em que queria estar sempre: enamorada. Sem os problemas do dia-a-dia, da convivência. Tinha um castelo que parecia tão real, tão próximo, que é despejado por um projecto como cartas de terra e nos torna simplesmente descrentes.
Ele era tão real, tão próximo, como se tivesse estado sempre ao meu lado e a verdade é que nunca tinha. E isso é incrível. Nunca me tinha acontecido, me sentir atraída por alguém pela escrita. E aquilo que vivemos, não era um projecto: era um esboço de uma aguarela, clarinha, clarinha. Mas as marcas da aguarela, podem ser claras, que não deixam de ser marcas. Já não as conseguimos limpar da tela. A tela nunca mais vai ser branca, vai ficar marcada para sempre. Como ficou marcada a minha alma.
Um projecto que parecia tão real, tão próximo que torna a terra como um castelo de cartas e despeja-nos a descrença. Um castelo de cartas caiu quando saíste de Leça. Agora entendo que era um jogo. As cartas estavam em pé, tu empurraste a primeira e eu, com medo e ansiosa, segurei o baralho a meio. Eu queria continuar a jogar. Segurei o baralho e a outra metade ficou intacta. Pouco a pouco comecei a levantar as que tinhas deitado abaixo; faltavam-me três, o cansaço e a ansiedade atrapalharam-me as mãos. Quando levantei a terceira, um movimento em falso deitou tudo abaixo.

E este aqui é o comentário de um dos meus professores preferidos: As frases/hipérbatos dão intensidade e capacidade de sedução ao texto, pois acentuam o seu carácter metafórico. Numa narrativa em que a acção é eminentemente psicológica e os sentimentos são revelados de forma crua, directa, pungente, a imagem do castelo de cartas a desabar confere beleza estética à ideia de perda amorosa e de desagregação emocional.
Mas há mais frases de bom recorte literário e força narrativa, como “era um esboço de uma aguarela, clarinha, clarinha” ou “a tela nunca mais vai ser branca, vai ficar marcada para sempre. Como ficou marcada a minha alma”.
Em resumo, o texto é feliz porque, para além da catadupa de emoções, tem um registo metafórico certeiro, sustentado na associação de um castelo de cartas a cair com o fim de uma relação amorosa. O final do texto é particularmente enternecedor: “Eu queria continuar a jogar. (...) Quando levantei a terceira, um movimento em falso deitou tudo abaixo”. Acontece aos melhores...

Esta foi provavelmente a última vez que aqui pus um texto meu das aulas. Mas como tantas vezes perguntam o que é isso da escrita criativa. Aqui está um exemplo do que lá faço e aprendo: a desbloquear a escrita. Por exemplo este texto tinha que ser escrito no máximo de 3 minutos, há sempre (ou quase sempre) limite de tempo.

Queria contar-te

- Que ficas muito mais giro (se é que isso é possível) quando te irritas e pões aquele ar sério;
- e que a vizinha viu os bilhetes na carrinha.


Gosto tanto de pessoas verdadeiras. Claro que gosto. Mas os homens verdadeiros, daqueles que olham nos olhos lá no fundo, que se sente o sangue a correr-lhe nas veias, aqueles que quase que se vê o coração a bater, que nos dizem AS coisas e não estão com merdices. Esses adoro, adoro. Conheci tão poucos que quando conheço um fico, tipo deslumbrada. Um dia hei-de ter um... só para mim.

Adoro # 25

Conversar.

Apeteceu-me repetir este post que data de 13de Outubro. Apeteceu-me...

Gosto...
Gosto de homens descomprometidos

Gosto de homens descomplicados para eu poder complicar tudo
Gosto de homens que respondem às minhas perguntas
Gosto de homens que me fazem perguntas
Gosto de homens que quando falam comigo me olham nos olhos
Gosto de homens que se riem com facilidade
Gosto de homens com sentido de humor
Gosto de homens que dizem sempre a verdade
Gosto de homens que enquanto estão comigo, só eu existo
Gosto de homens que me fazem chorar de emoção
Gosto de homens que sabem escrever
Gosto de homens que não fumam
Gosto de homens generosos
Gosto de homens seguros, mas que precisem de mim
Gosto de homens que me dão segurança
Gosto de homens despenteados
Gosto de homens lavados, mas com ar de sujos
Gosto de homens que não usam perfume
Gosto de homens que usam t´shirt e calças de ganga
Gosto de homens que usam fato para trabalhar
Gosto de homens que gostam de crianças, sobretudo da minha
Gosto de homens que quando algo de importante acontece, é a mim que querem contar
Gosto de homens que não têm medo de fazer figuras rídiculas
Gosto de homens que não negam a criança que está dentro deles
Gosto que roubam guloseimas e fazem ar de caso
Gosto de homens que sabem cozinhar
Gosto de homens que querem ser da minha equipa (não, não é bola)
Gosto de homens que cantam (ou pelo menos, tentam) quando estão a guiar
Gosto de homens que gostam de dançar
Gosto de homens que fazem desporto
Gosto de homens lutadores
Gosto de homens com carácter
Gosto de homens sensíveis mas duros
Gosto de homens com barba de 3 dias
Gosto de homens morenos
Gosto de homens que amam o mar
Gosto de homens que nos abanam as estruturas
Gosto de homens que sabem o que querem
Gosto de homens que não são lamechas (para isso basto eu)
Gosto de homens que gostam de conversar
Gosto de homens que saibam escolher um bom vinho tinto
Gosto de homens cavalheiros
Gosto de homens que se sabem dar

Ontem por sms, no meu telefone:

"(...) faz o que fazes sempre: expressa-te como tão bem sabes e dessa forma espontânea conquista meio mundo. O outro meio já conquistaste. (...)" - R.

Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena.

Cecília Meireles

Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando de mim.

Cecília Meireles

Esta música espelha tão bem o último post



Atentem na letra. Porque a letra é que tem força e a voz desta mulher é de outro mundo.

Sou uma pessoa católica. Profundamente católica. Sou católica praticante, vou à missa e à comunhão. Há uma coisa que Deus (ou eu própria, como preferirem ler) me ensinou: nunca peças nada que não saibas se podes aguentar.
Na Primavera passada pedi para aparecer alguém que me rasgasse a alma. Esse alguém apareceu e agora? Que faço com isso? Foi bom? Foi. Durante um tempo. Mas agora não é. A vida ensinou-me que nas minhas rezas, nos meus pedidos devo pedir aquilo que é bom e não o que eu acho que é bom.

De manhã, peço: Meu Deus traz-me aquilo que me faça feliz. Não interessa como. Pode ser até que na altura não entenda porque mo fazes, mas traz aquilo para que eu consiga a paz e a felicidade. Ajuda-me. E eu acho que é assim que deve ser. Pedirmos o melhor para nós e não coisas concretas.

Uma das melhores coisas do Inverno (que são poucas) é usar estas meias. Uso-as com vestidos, com saias, com tudo. Para quem odeia collants são o melhor: grossas, caneladas ou de lycra a dar aquele ar bronzeado. Amo.

Estou há duas horas e meia a escrever sem parar. Pena que não é nada que possa ser aqui publicado.

O comentário que deu post # 8


Pois Mildness, concordo em absoluto contigo e ainda ontem no carro em conversa com um amigo falávamos disso. Ele dizia-me: essa tua espontaneidade é desarmante (acho que foi assim). Eu respondi que esta minha espontaneidade afasta os homens. Por isso, estou há 4 anos e meio sozinha. Porque eu digo as coisas, não escondo os sentimentos e isso para os outros não é agradável. Olha, para mim é. Torna-me mais leve. Mas num mundo de aparências, isso é olhado de lado.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Só vos digo: não está fácil. Eu tento não pensar, mas a minha mente foge-me, não me obedece. Hoje nas aulas não ouvi nada.

Acabei de ler o post que escrevi à MC em voz alta enquanto a deitava, acabamos agarradas uma à outra num terno abraço. Comigo a chorar, como já era de esperar.

Minhas queridas leitoras e leitores (em menor número, eu sei)

Juro-vos que vou responder email a email. Hoje foi um dia muito intenso. Acordei tardissímo (adormeci), saimos de casa a correr. Ainda não tinha nada de presente para dar à minha filha linda. Tudo a correr. Fui almoçar com ela. Estive a conversar com o vizinho quase 3 horas. Sim, meninas com o meu AMIGO vizinho. E digo-vos, ele ainda é melhor do que eu julgava, mas somos só amigos. Opção dos dois. A todas as que já tinham comprado a fatiota para a boda, com certeza ainda vão a tempo de a devolver. As pessoas têm que estar disponíveis emocionalmente para começarem o que quer que seja. Eu não estou e ele também, não. Só para continuarmos a ser vizinhos. Mas como ele vai ler o meu blogue, não posso dizer que vou ser uma excelente vizinha senão ele abusa já :-)
Agora vou a correr para as minhas aulas e a seguir vou a correr para o Ensaio da Missa de Natal do Colégio da minha filha. E pronto, tudo a correr. Obrigada a todos os que deram os parabéns à MC.

Eu sei que vens aqui

Obrigada pela conversa, R. Se um dia voltar a apaixonar-me quero que seja por um homem com o teu carácter. E olha... és um óptimo, pai.

Eu ...


Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca

Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha cais!

Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais
Não valem o prazer duma saudade!

Tu chamas ao meu seio, negra prisão!…
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbre o brilho do luar!

Não ´stendas tuas asas para o longe…
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar!…

Florbela Espanca - Trocando olhares - 26/06/1916


O ano passado foi assim.(clicar em cima do link)
Este ano faltam-me as palavras minha filha linda. Tudo o que aqui escrever, vai soar a cliché porque o amor de mãe é do mais piroso que há. Embora seja uma mãe babada, nunca me babei para cima de ti, nem a falar de ti. És uma menina com muito valor, com uma bondade imensa, com uma maturidade que chega a ser assustadora, com uma noção justiça nada própria para a tua idade - 10 anos. Tu já tens 10 anos, minha filha! Lembro-me da primeira vez que te vi como se fosse hoje. Ali, naquele momento tive noção que eras minha. Mas passou depressa, porque tu és de ti própria, és do mundo e a tua postura na vida é igual à da fotografia: a correr sedenta de brincar, de ser feliz com os teus amigos. Acho graça quando ligas à noite ao pai para te vir buscar mais cedo, para seres a primeira a chegar ao Colégio, para brincares mais. Quando por vezes, chego lá às 5 da tarde tu continuas a correr com a mesma energia.
Eu tento ser a melhor mãe que sei. Falho quase sempre, eu sei. Mas também sei que somos tão amigas que não há cá cerimónias, que o que temos a dizer uma à outra dizemos. Que não há cá coisas, que não há mentiras. Que és igual a mim, explodes, mas depois fica tudo bem. A nossa relação é tão profunda e intensa que chega a assustar-me. Eu adoro-te minha filha. Nunca vou esquecer a bondade do pai que se matou a trabalhar para que nós pudessemos ficar 16 meses da nossa vida "a namorarmo-nos". Isso ajudou e muito a cimentar o que temos hoje.
Tens uma personalidade muito forte e eu sei que me vais dar dores de cabeça. Mas, sabes cá entre nós que ninguém nos ouve, prefiro-te assim, que uma tótó. Vais dar-me luta e isso é bom. Gostava de ter tido mais filhos e sei que gostavas de ter tido mais irmãos, a vida não foi assim e sei que isso por vezes nos entristece às duas. Mas tu já viste, minha Totas, que a vida deu-nos um grupo de amigos que te adora e que alguns deles até te têm como irmã. Os da tua madrinha e os da tia B. És adorada por todos e quando lá vais é uma festa.
Vai filha corre (como na fotografia), corre para a vida. Ela está à espera que tu a comas com essa tua força, com essa energia, com essa intensidade. Vais cair. Vais cair muitas vezes, mas eu vou estar sempre aqui. Sempre. Um beijo muito amigo da mãe.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Homens deste país à beira mar plantado

Oiçam com atenção: nós não somos frágeis, nós aguentamos que nos digam que não é de nós que gostam, nós aguentamos que não nos liguem, nós aguentamos que arranjem outras, nós aguentamos que se desiludam connosco, nós aguentamos que deixem de gostar... nós aguentamos isso e muito mais...


NÓS NÃO AGUENTAMOS QUE NOS ENGANEM, QUE NÃO NOS DIGAM A VERDADE, QUE NÃO TENHAM TOMATES PARA ASSUMIREM AQUILO QUE QUEREM, DÊEM A CARA, DIGAM: NÃO VOS QUEREMOS MAIS, GOSTAMOS DE OUTRA, SOU GAY (ISTO JÁ VALE TUDO), NÓS NÃO VOS SUPORTAMOS, VOCÊS SÃO UMA MERDA NA CAMA, NÓS VAMOS À NOSSA VIDA...



MAS DIGAM-NO, ALTO, SEM MERDAS, SEM SUBTERFÚGIOS, DIGAM-NO FODA-SE... MENINOS DA MÃMÃ, PETER PANS DA VIDA...

Chorei muito ao escrever o último post. Não por ele. Mas por mim, por tudo o que senti. Foi tudo verdadeiro, acreditem. Aliás, ainda estou a chorar. Mas eu não vou passar por isto outra vez. E se o vizinho me magoa o que este me magoou? Deus me livre. Quero é paz. Aquela da poesia chamou-me a atenção para muita coisa...

O bandalho

Eu quando falo aqui do F. não fico contente de o tratar por bandalho. Eu ficava contente se conseguisse falar dele, sem rancor. Quem me conhece sabe que eu não sou assim. Eu gosto de falar das coisas de forma positiva. Quem me dera a mim falar dele como: uma pessoa de quem eu gostei muito, pela qual me apaixonei, que ele não se apaixonou por mim, que não gostou de mim, mas que me respeitou tanto que não consigo ter mágoa, que foi uma pessoa que me abanou as estruturas e que por isso tem um lugar especial na minha vida. Mas eu não consigo. Eu não consigo perdoar a falta de respeito que ele teve para comigo, sem necessidade nenhuma. Eu considero-me suficientemente inteligente para entender que nem toda a gente pode e tem que gostar de nós. Bastava ter-me dito isto, Não, ele optou pelo o que os sem carácter fazem, o que os "não os têm no sítio fazem" fazem, pelo o que os covardes fazem, os sem coluna vertebral fazem: emprateleirou-me, deixou-me em banho maria para ver no que dava.
Eu gostava de vos contar que ele foi bondoso, que ele já foi meu amigo, que sonhava com ele todos os dias,que me ri muito com ele, que o adorei, que tem talvez o melhor abraço do mundo, que tem uma voz sexy, que me abalou toda, que me mexeu na alma como já ninguém fazia há muitos anos, que já foi sensível, que me fazia rir e chorar de emoção, que eu me levantava de madrugada só para falar com ele no chão da casa de banho, que se preocupava com o próximo, que por vezes tinha rebates de consciência da vida ocidentalizada que levava, que tem paixão por Angola. Gostava de vos dizer que tremia quando via o nome dele no meu telefone, gostava de vos dizer que nunca ninguém me escreveu coisas que ele escreveu, gostava de vos dizer que tenho 3 músicas com ele e que quando as oiço choro, gostava de vos dizer que ouvimos uma banda de música na Ribeira que tocava mal como o raio, gostava de vos dizer que o F. insistiu em ir ver quanto tinham ganho naquela tarde e quando lá chegamos eles fecharam a caixa, gostava de vos dizer que fomos a uma loja de artesanato, num dia frio de Agosto que só há no Porto, e que ele me abraçou eu tinha as costas quentes e ele as mãos geladas e me soube bem. Gostava de vos contar que ele pára em todos os sítios para tomar café, gostava de vos dizer que ele é curioso e faz muitas perguntas como um jornalista. Gostava de vos dizer que estivemos para andar de eléctrico mas não andamos, gostava que soubessem que fui ter com ele a Coimbra, gostava de vos dizer que pomos (ou púnhamos) o prefixo por antes dos nomes das localidades. Gostava de vos dizer que há um senhor na Ribeira que trata a dona do restaurante por mãezinha e que me pergunta se quero adoçante. Gostava de vos contar que digo muitas vezes: "tu nem imaginas..." e que foi o F. que me alertou para isso; gostava que soubessem que nós não gostamos de carne e não comemos sobremesa; gostava que vocês soubessem que passávamos horas ao telefone só a dizer disparates; gostava que vocês soubessem que eu lhe fiz um livro com alguns momentos nossos, fotografias, poemas e ele parece não ter gostado; gostava que vocês soubessem que ele ama bailado e faz kms para ver; gostava que soubessem que come gomas como se não houvesse amanhã e fica com dores de barriga; gostava que soubessem que ele adora cinema; gostava que vocês soubessem que ele gostava de dar aulas; gostava que soubessem que durante uns tempos trabalhou num bar; que tem um blogue que é uma seca que só fala de política; gostava que vocês soubessem que ele gostava que eu fosse presidente da junta; que gosta de sopa de coentros e de arroz preto, gostava que soubessem tanta coisa boa dele...
Eu gostava de vos dizer isto tudo, mas não consigo. Porque os últimos tempos apagaram tudo o resto. Era tão fácil, era só ter dito a verdade. Nunca aqui contei, mas fiquei amiga de quase todos os meus ex´s. Mas atenção, que o F. diz à boca cheia que nunca me foi nada. Lá deve ter as suas razões, nem discuto. Mas tenho pena, todos os dias penso nele. Todos. Não o posso dizer às minhas amigas porque elas odeiam-no e discutem comigo por isso. Nem podem ouvir falar dele. Mas digo aqui baixinho. Já não gosto dele como gostava, já não estou apaixonada (mau era, o carácter para mim é tudo), mas penso nele. Penso nele todos os dias, não todo o dia mas todos os dias. Tenho saudades do que foi, até à minha chegada do Algarve, de mais nada. Nunca mais o vou ver, nunca mais lhe vou falar, mas ainda gosto dele, Lá no fundo fundo tão fundo que um dia vai deixar de se ver.
Também por isto tudo que aqui escrevi agora num impulso, decidi afastar-me do vizinho.

"Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura.".

Florbela Espanca

Constatação do dia

Ele não quer o blogue e eu não quero que ele o leia.

E quando ele corou?!

Não posso, isto é de mais para mim.

O bandalho disse-me coisas tão horríveis, mas tão horríveis que, por vezes, até me custa a crer que alguém consiga ser tão cruel. Uma vez disse-lhe que sonhava com ele todas as noites, uma delas acordei com a voz dele ao meu lado (é verdade) a dizer-me: vai para o chão da casa de banho que preciso de ouvir a tua voz. Contei-lhe isto e o comentário do escroque foi: "isso, se calhar, é uma obsessão qualquer.". Fiquei tão chocada com aquilo que fui falar com uma psiquiatra, acreditam? Perguntar-lhe se seria mesmo aquilo que a besta dizia. Ela sorriu e disse: Maluquinho é ele. Esse é o seu desejo de o ter ao seu lado e por estar apaixonada, Rita. A Rita está apaixonada.

Este homem efectivamente fez-me muito mal. E muitas mais há para contar... vou contando aos poucos.

Uma grande amiga vai viver para Angola. Eu sinto um misto de alegria e tristeza. Vai fazer-me tanta falta. Mas também que sei que vai em busca de sonhos. Convidou-me para colaborar no novo projecto, senti-me muito honrada e aceitei. Nunca vamos perder o contacto.

Às custas de tantas idas à garagem, estou com uma constipação daquelas.

É tão bom quando ele tem a mesma rede de telemóvel que nós.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Obrigada. Digam lá que 572 não é um número muito mais bonito?

Para vocês que são as maiores cuscas de toda a blogosfera

Está a crescer uma amizade. Só isso. Uma amizade. não há borboletas não há nada. Só vos digo que gostamos de estar um com o outro e estamos sempre a arranjar pretextos para isso. Mas é só amizade. Acreditem. Hoje já arranjamos maneira de estar duas vezes juntos e depois custa sair de perto um do outro. Mas é pela conversa.

Alguém pode fazer o obséquio de ser o meu seguidor 570? Odeio o número 569. Agradecida.

Amiga: Tu não julgues que o bandalho vai entender o que tu escreves. Esses escroques, julgam-se sempre boas pessoas. Acham sempre que foram sinceros e que as malucas somos nós.

(mas, eu acho que a Heidi não o deixa cá vir. ele não lê isto)

Eu tenho medo. Apareceu-me um único escroque na vida e eu sei que não vão ser todos iguais àquela besta. Aliás se eu pensar os olhos dele diziam tanta coisa. Odeio olhos verdes sempre odiei. Não são todos como ele, eu sei. Tive alguns namorados e todos tinham carácter, todos.


Os teus olhos são meigos e isso é o que assusta. São castanhos lindos, com ar de menino, pestanudos, com ar de quem tem a vida toda lá dentro. Eu não vou olhar muito, porque se olhar sei que não há retorno. Podemos levar uma termos com café para a garagem, que achas?

Eu sou daquele género de pessoa que não gosto de ser indiferente a ninguém. Aliás detesto. Prefiro que não gostem de mim do que gostem mais ou menos. Não sou esse género de pessoa. Talvez pela minha natureza: sou uma eterna apaixonada. E aqui no blogue é a mesma coisa: gosto de mexer com as pessoas, com os sentimentos, gosto de as pôr a pensar, gosto de as abanar. Por vezes, sei que consigo, outras nem por isso e depois há outras em que provoco reacções terríveis de insulto mesmo (cada vez mais raras é verdade, porque não aceito comentários anónimos). Mas quando o insulto é acompanhado de um comentário inteligente também não me importo, até gosto.

Não gosto é que me digam que o meu blogue as faz chorar. E sem eu saber o motivo desse choro. Se for choro de emoção eu fico feliz pelas razões que expliquei atrás, se não fico triste. Não chorem de tristeza aqui, não vale a pena. As minhas "desgraças" aqui contadas são para vos alertar, para vos avisar, para dividir convosco, para até vos fazer rir da pateta que sou. Não para chorarem. Se não põem-me a chorar a mim.

Uma das coisas boas do Inverno (que não são muitas) é: deitar-me cedo, agarrada à minha botija de água quente.