quinta-feira, 27 de novembro de 2014

deve ser das "Ritas"

 
 
« É tão fácil não gostar. Não querer. Não correr. Permanecer naquilo que já conhecemos. Que não nos surpreende. Saber de cor os dias. e ter as noites controladas. Ter o passo seguinte traçado e o caminho meio rabiscado. É tão simples prescindir e não lutar. É tão fácil querer viver no vazio. É simples esquecer sentir. Optar não tentar.

É tão parvo não gostar quando se gosta. É idiota não querer quando se quer. É estúpido não arriscar. É triste o medo ganhar.

É pequenino não querer ser grande. ».

Rita Leston
 
quem me conhece sabe que sou de afetos, de abraços, beijos, rompantes, paixões avassaladoras. quando gosto, gosto; quando não gosto não faço fretes. por norma quando quero algo, num instante, esse algo passa a desejo, há quem diga que se deve à minha paixão por tudo. não gosto de estar muito tempo no mesmo lugar e gosto de explorar o desconhecido. adoro surpreender e que me surpreendam, gosto da cor e da roda viva dos meus dias. queixo-me, mas não saberia viver de outra forma. não costumo fazer projetos a longo prazo. não gosto muito de pensar no futuro. esse construo-o agora, aqui. gosto do já e do que tenho para dar e receber no presente. luto, sou uma lutadora e dou luta. muito dificilmente prescindo dos meus desejos , luto até me falharem as forças, mas todos os dias sinto-as renascer. de quando em vez, gosto do silêncio, mas abomino vazios. tudo na minha vida é a transbordar: as gargalhadas, as lágrimas, os sorrisos, a côr, o amor pelas minhas pessoas, a minha casa, a felicidade, a tristeza... tudo em mim é exagero. eu não penso, eu sinto. sinto tudo no limite: o bom e o mau. tentar, tento sempre, mas se tiver que recuar recuo com o mesmo orgulho do avanço.
não finjo sentimentos, o que sinto é genuíno e "gritado aos 4 ventos". quando gosto, gosto mesmo: adoro. não sou de fingimentos: se quero algo vou lá e faço, digo, grito, sorrio, converso e explico. quando não mo deixam fazer, sinto-me castrada e isolo-me ou então disparo em todas as direções. arrisco sempre, sempre. às vezes caio, estrepo-me toda, magoou-me, choro: choro muito, mas depois levanto-me e tipo miúda: puxo as mangas, limpo as lágrimas nelas e sigo caminho. quem me conhece sabe que metros à frente, já sorrio outra vez.
nunca quis ser grande: sempre quis foi dar o melhor de mim e ser um exemplo para a minha filha. acho que há dias que consigo. alguém um dia ensinou-me que ser humilde é termos noção que não somos mais do que ninguém. é isso: lutei para ser humilde, tento todos os dias ser mais um bocadinho. eu não quero ser grande: eu quero crescer todos os dias e hoje, conseguir ser melhor do que ontem.
este texto é desta Rita: Eu :-)